Os juros estão por toda a parte. É só dar uma olhada no boleto que precisa pagar, na prestação do carro, no parcelamento da última compra e, até mesmo no investimento que pensa em fazer. Apesar deste termo estar no cotidiano do brasileiro, dúvidas de como os juros funcionam são muito comuns.
A verdade é que os juros podem ser assustadores ou seu melhor amigo, depende muito do contexto. E não tem jeito, os juros são inerentes à vida econômica. Por isso, independente do caso, é fundamental compreender o que são e como elas são aplicadas.
Entendendo a importância desse assunto, preparamos um texto bem explicativo para você compreender como os juros funcionam e como afetam suas contas ou investimentos. Confira!
Entenda o que são juros
Antes de explicarmos como os juros funcionam, é fundamental que você compreenda o conceito. Vamos começar com um pensamento bem básico: juros é a relação entre quantidade de dinheiro e período de tempo.
Isso significa que os juros são uma forma de remunerar percentualmente quem concede crédito ou faz um investimento. Em outras palavras, os juros são uma compensação monetária pelo tempo em que determinada quantia ficou emprestada.
Dessa forma, podemos compreender que existem dois agentes envolvido nessa transação:
- Credor: agente que poupa e dispõe de reserva financeira para emprestar determinada quantia. Portanto, é quem tem direito a receber os juros, pelo período que disponibilizou determinado valor.;
- Devedor: é o agente que faz o empréstimo, ou seja, que pega dinheiro emprestado, seja em espécie ou por crediário. Sendo assim, é quem paga um acréscimo pela disponibilidade imediata do recurso.
Então, os juros são considerados o valor expresso para a operação acontecer. Já a taxa de juros representa o percentual e a forma dessa cobrança da operação.
Como os juros funcionam
Para ficar bem claro como os juros são aplicados, separamos um exemplo prático.
Pense que você precisou de um empréstimo e recorreu ao banco para pegar uma quantia de R$7.000,00. Em contrato, ficou acordado que o valor será devolvido em um ano. Para que essa operação aconteça, haverá uma cobrança de juros. Isso fará com que, ao final de um ano, você devolva uma quantia maior do que pegou emprestado.
Agora, considere que, nesse caso, o percentual da taxa de juros é de 15% ao ano. Sendo assim, o valor total devolvido será de R$8.050,00, uma vez que os juros acumulados no período somaram R$ 1.050,00.
Compreender como os juros funcionam é muito importante, pois eles estão presentes em diversas ocasiões do dia a dia. Por exemplo, no cartão de crédito, cheque especial, empréstimos, aplicações financeiras, entre outras transações.
Da mesma forma, vai acontecer caso você faça algum investimento. Ao final de um determinado período você receberá o dinheiro total investido acrescido de juros. Afinal, está abrindo mão de consumir hoje para consumir no futuro.
Taxa básica de juros
As instituições de crédito no Brasil são responsáveis por determinar a taxa de juros que irão cobrar dos seus clientes.Por isso, o valor pago por aplicações e empréstimos variam bastante, dependendo da operação.
Em suma, o pensamento é assim: quanto mais segura a operação, menor a taxa. Dessa forma, quanto mais arriscada ela for, maiores serão os juros.
Mesmo não existindo uma taxa única de juros para as operações, existe uma referência que regula toda a economia de um país.
É o que chamamos de taxa básica de juros ou taxa-mãe, que aqui no Brasil é a taxa Selic. Esse valor de referência é fixado pelo Banco Central, definido a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e serve como base para todas as outras.
Esse fator equilibra a propensão que uns têm de fazer reservas financeiras com a necessidade de obter dinheiro emprestado.
Taxa Selic
O mercado de crédito é quem une os agentes que querem oferecer com os que precisam de recursos financeiros. Para esse processo acontecer, a taxa básica de juros é um balizador de extrema importância.
Então, quanto maior for a taxa Selic, maiores tendem a ser as taxas praticadas no mercado. Consequentemente, quanto menor essa taxa, menores serão os juros cobrados pelas instituições e recebidos por investidores.
A oscilação da taxa Selic depende de diversos fatores econômicos que influenciam em seu aumento ou de redução.
Mas, como aqui nosso intuito é apenas entender o que é e como os juros funcionam, basta compreender que a variação da taxa Selic tem impacto direto nas outras taxas da economia.
Tipos de taxa de juros praticados pelos mercado
Existem diferentes tipos de taxa de juros e formas de aplicá-los. Cada modalidade exerce um resultado distinto nos diferentes cenários em que são aplicadas.
Confira a seguir as distintas formas de aplicar os juros.
Juros simples
É a modalidade mais conhecida de taxa de juros. Até mesmo porque é um conceito que a gente aprende no ensino fundamental quando estudamos operações.
É bem simples de entender: o valor da taxa não sofre alteração ao longo do tempo. Dessa forma, incide apenas sobre o valor do empréstimo, sendo aplicada somente no valor inicial.
Apesar de famosa, é pouco utilizada no mercado financeiro.
Juros compostos
Também é conhecido como juros sobre juros. E você já vai entender o motivo desse outro nome.
Nos juros compostos, a dinâmica funciona assim: o percentual da taxa incide sobre o valor final do período anterior. Ou seja, os juros vão sobre o montante mensal e não sobre o valor original. Por isso, é popularmente chamado de juros sobre juros!
Pode ser benéfica para investimentos, pois a aplicação dos juros compostos representa lucratividade. Em contrapartida, para quem está endividado, é um péssimo negócio, pois os débitos vão aumentar significativamente a cada mês.
De qualquer forma, essa é a modalidade de juros mais aplicada no sistema financeiro brasileiro.
Juros moratório
Esse é um juro bem conhecido por quem já atrasou algum pagamento. Mais conhecido como juros de mora, refere-se à taxa que incide sobre o atraso de pagamento.
É um tipo de juros fixado a sua taxa não pode ultrapassar 2%. Entretanto, além dos juros mora, o atraso de pagamento também acarreta uma cobrança diária. Ou seja, quanto mais tempo demorar a quitação da dívida, maior serão os juros pagos ao final.
Juros nominais
Essa taxa representa o rendimento bruto de uma aplicação. Ou seja, exemplifica os efeitos da inflação em um período determinado.
Os juros nominais estão mais presentes em especulações de investimentos e aplicações financeiras.
Juros reais
Ao contrário dos juros nominais, os juros reais representam o rendimento de uma aplicação desconsiderando o efeito da inflação atual e da correção monetária.
Assim, os investidores podem avaliar os recebimentos de forma mais concreta.
Juros rotativos
Aqui a taxa incide sobre o saldo da dívida. É outra modalidade bem popular no mercado financeiro e conhecida pelos brasileiros, pois é utilizada pelos cartões de crédito.
Quando a fatura não é paga integralmente, os juros rotativos incidem sobre o valor restante da dívida.
Juros sobre capital próprio
Essa é uma taxa não tão conhecida pela população em geral, pois está relacionada aos dividendos de empresas. De forma bem simples, remunera-se os acionistas dividindo os juros sobre o capital próprio, pagos a partir dos lucros dos anos anteriores
Como os juros funcionam: impactos no seu bolso
Depois de entender como os juros funcionam, já dá pra ter ideia do impacto dessas taxas no seu bolso, certo?
Como falamos ao longo do texto, a variação nas taxas de juros pode afetar muito o seu bolso. Seja de forma positiva ao fazer um investimento, por exemplo. Ou de forma negativa, ao atrasar o pagamento do cartão de crédito, por exemplo.
Então, é muito importante entender os diferentes tipos de juros para, principalmente, evitar o endividamento.
Por falar em situação financeira complicada. Se você precisa solicitar um empréstimo, existem alternativas atraentes.
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Essa é a modalidade com a menor taxa de juros do mercado. Assim, quando uma emergência acontecer, você pode contar com um crédito extra, mas sem que isso vire uma dor de cabeça no futuro.
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